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 O Brasil gasta por ano cerca de R$ 4,8 bilhões com alunos do ensino médio que repetem o ano ou abandonam a escola.

 

– Dados do Inep


O Brasil gasta por ano cerca de R$ 4,8 bilhões com alunos do ensino médio que repetem o ano ou abandonam a escola. Dinheiro que daria para comprar 735 milhões de livros didáticos ou construir 6,6 mil quadras esportivas cobertas. E chega perto dos R$ 5 bilhões que o governo federal programou para levar 101 mil estudantes ao exterior, até 2015, pelo Programa Ciência sem Fronteiras. O impacto dese  gasto que não traz retorno para a melhoria das taxas de escolaridade, segundo especialistas, é só mais um reflexo do quão maltratada está a educação brasileira. 

  As soluções apontadas passam pela melhor formação dos professores e por uma reforma estrutural no currículo do ensino médio.

  O  grande obstáculo para reter o aluno na escola está na própria estrutura do ciclo médio. “É muito complicado e são muitas matérias. O tempo para cada disciplina é pequeno. Quando o aluno começa a se inteirar, a aula acaba. O aluno que não aprende repete e, depois, acaba evadindo.”

Como o caso da  manicure Vanessa Guimarães, de 18 anos, nem esperou repetir o ano para abandonar o sonho de fazer faculdade de psicologia. Ex-aluna do primeiro ano do ensino médio, ela reflete a dificuldade que os alunos enfrentam para acompanhar o ritmo da escola. Os índices de evasão e de repetência no primeiro ano são os maiores: 12,5% e 17,2%, respectivamente. “Desisti porque estava puxado demais. Trabalho e tenho que cuidar da casa, não dei conta”, lamenta Vanessa. Com o dinheiro que o país gasta com alunos como Vanessa seria possível custear uma faculdade privada de psicologia para 90,5 mil pessoas.

 

  5 sugestões para mudar esta realidade no país.

 

 1 – Usar de modo eficiente o tempo em sala de aula

Muitas das medidas que poderiam causar grande transformação na sala de aula não acarretariam em gasto algum. Usar de maneira eficiente o tempo em que alunos já estão na escola é uma delas.

 2  – Usar mais tecnologia (software)

Quanto mais você pesquisa no Google ou participa da rede social Facebook, mais a internet conhece você e seus gostos, criando um poderoso material para venda de publicidade por parte dessas empresas. Os faturamentos são bilionários.   Surpreende, portanto, que softwares inteligentes não estejam sendo usados para o bem coletivo através da educação.

 3 – Impedir que criança vá a escola e não aprenda

Quase 98% das crianças e jovens entre 6 e 14 anos estão na escola. Seria o cenário ideal, não fosse um único problema: eles não estão aprendendo de verdade.Parte deles, nem a ler e interpretar textos de tal maneira que possam ser considerados alfabetizados. É

  4  – Combater a repetência com mais reforço escolar

As taxas de repetência no Brasil são coisa séria na rede pública: 14,1% no ensino médio e 10,6% no ensino fundamental. Significa que de cada 100 alunos, 13 estão cursando a mesma série do ano anterior. A taxa está entre as maiores da América Latina e bem distante da de países desenvolvidos.

 5 – Colocar a educação no topo da agenda

É preciso ser claro: todo governante pode ter um programa para a educação, mas ninguém colocou o tema como a maior das prioridades, embora pareça consenso que um país só atinja a plenitude de desenvolvimento com um sistema educacional à altura.

 “Faltam políticos que digam ‘a marca que vou deixar é a educação’”, acredita Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos pela Educação.

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